quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SESSÃO EXTRA!!!




SESSÃO EXTRA!!!
O Homem que Acreditava – Uma história para quem não tem medo da dor nem da verdade
Dia 16 de Dezembro de 2012.
Abertura do café a partir das 19h - Espetáculo às 20h30 - Domingo
Antiga CODE, Av. Brasil Oeste, nº 1986, Boqueirão – Passo Fundo/RS (em frente ao Posto BR)
Local limitado para 40 pessoas, com estacionamento gratuito.
Ingressos antecipados na Simbiose Academia
R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia entrada (estudantes, melhor idade ou pra quem levar 02 quilos de alimentos não perecíveis).
  

Núcleo Rindo à Toa traz projeto café com aroma literário de Caio Fernando Abreu

O Núcleo Rindo à Toa faz sessão extra!. No palco a literatura encenada do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, através do espetáculo “O homem que acreditava”. “Café com Caio” acontecerá dia 16 de dezembro, a partir das 19h, na antiga CODE.

No lado mais humano que puder brilhar dentro do corpo de cada um, “O homem que acreditava” é um espetáculo para quem não tem medo da dor e nem da verdade que permeia o cotidiano de qualquer pessoa. O complemento serve para aquilo que muitas vezes nos fere ou mesmo nos traz (in)certezas ou felicidades, e funciona como porta de entrada para abrir os segredos de quem vive e vive o que inventa, de quem descreve e faz ficção em meio ao existir humano.
A peça é a proposta atual de trabalho do Núcleo Rindo à Toa, um grupo formado em 2010, que atualmente propõe uma temporada de apresentações de um espetáculo que fala sobre humanidade e que oferecerá um ambiente com aroma de café, boa música, poesia, o universo literário do escritor gaúcho, e encontro de amigos.
A peça "O homem que acreditava" tem adaptação de texto e direção de Edson Bueno, atuação de Marcio Meneghell e produção de Elisandra Assunção. Resgata a obra do autor gaúcho Caio Fernando Abreu e instiga o acesso às linguagens, o gosto pelo teatro e incentiva o interesse pela leitura e debate, num ambiente alternativo, favorecendo um clima intimista entre espectador e ator.
A apresentação do projeto “Café com Caio” acontecerá dia 16 de dezembro, às 20h30, domingo, para uma plateia limitada de até 40 pessoas. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente no valor de R$ 30,00 a inteira e R$ 15,00 a meia para estudantes com carteirinha, melhor idade e pra quem levar 02 (dois) quilos de alimentos. A antiga CODE fica na Av. Brasil Oeste, nº 1986 – Boqueirão – Passo Fundo/RS, e possui estacionamento disponível e gratuito.  A CODE abrirá às 19h para um encontro com a obra de Caio Fernando e entre amigos, tomar café, ouvir música de qualidade.

O NÚCLEO RINDO À TOA conta com o apoio cultural da RBS-TV, com os apoios de MOINHO LOUNGE, CERVEJARIA FARRAPOS, SIMBIOSE ACADEMIA, CNG VÍDEO PRODUÇÕES, RÁDIO ATLÂNTIDA, PREFEITURA MUNICIPAL DE PASSO FUNDO/SEDEC, M. OFFICER, CONEXÃO PASSO FUNDO, ESTÚDIO D, DANIEL'S HARDY, GERMÂNIAS BLUMEN HOTEL e PALADAR PANIFICADORA E CONFEITARIA.


domingo, 11 de novembro de 2012

CONTAGEM REGRESSIVA


..."CAFÉ COM CAIO" entra em contagem regressiva, faltam só 5 dias...estamos ansiosos para esse encontro que nos proporcionará momentos de pura magia e uma só respiração: a mesma de Caio Fernando.        
Mergulharemos no universo mais humano de Caio onde será impossível não nos identificarmos pelo menos por 1 minuto. Música, poesia,bate papo e um bom café é claro serão nossos companheiros , estaremos recebendo a todos à partir das 19h, para partilharmos esse momento de encontro e troca de idéias, e em um segundo momento às 20h30, apresentaremos o espetáculo " O Homem que Acreditava" à partir da Obra de CF. Ficaremos em cartaz por 4 semanas sempre de sexta a domingo, em um lugar alternativo de Passo Fundo onde montaremos o nosso "picadeiro",  nosso projeto será realizado na Antiga CODE que costumava receber os baladeiros de plantão sempre em festas pra lá de divertido, em um ambiente deslumbrante , muito verde ao redor,  estacionamento Exclusivo e gratuito oferecendo total segurança. Esperamos todos vocês para dividirmos momentos únicos. A antiga casa e nosso cantinho até o final da temporada fica na Av. Brasil Oeste, 1986- Boqueirão (quase em frente ao posto BR).

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

VÍDEO DIVULGAÇÃO



O mais novo projeto do grupo Núcleo Rindo à Toa prevê temporada com apresentações teatrais para Passo Fundo.
O objetivo é de um Espetáculo/Encontro onde tomaremos juntos um bom café, escutaremos poesias e músicas da melhor qualidade tudo ao gosto do autor. No palco a literatura encenada do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, através do espetáculo "O homem que Acreditava". 

O projeto denominado "Café com Caio" acontecerá de 16 novembro a 09 de dezembro.
A partir das 19h. Espetáculo às 20h30.
Na antiga CODE: Av. Brasil Oeste, 1986 - Boqueirão - Passo Fundo/RS

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O JORNALISTA-ESCRITOR


Caio (breve biografia)



O “escritor da paixão”, assim definiu a escritora paulista Lygia Fagundes Telles. Caio desejava ser adorado pelas coisas que escrevia. Sob o signo de Virgem e a influência de Mercúrio, no final do inverno de 1948, na manhã de 12 de setembro, em Santiago, próximo à Argentina, nasceu Caio Fernando Loureiro de Abreu, um homem de alma sensível, bem humorado, e sempre alegre na companhia dos amigos.
O instante e as fronteiras definiram a tímida arrogância de quem possui os segredos da emoção e a certeza de que o inconsciente é Deus. Caio discutiu em sua escrita as controvérsias da crítica, da censura e dos homens, numa atmosfera de textos costurados com delírio, dor, amor e percepção cotidiana.  O escritor gaúcho - que também foi jornalista e dramaturgo - é tido como referência no cenário literário brasileiro e integra o conjunto de escritores que tem em sua produção a chamada ficção urbana, de vertente intimista.
Foi com apenas 19 anos de idade que ele escreveu seu primeiro livro Limite Branco, recém-ingresso no curso de Letras da UFRGS. Um garoto que já sabia manter o pulso da frase e do andamento narrativo.
Como jornalista, atuou em diversos meios de comunicação, trabalhando como editor, colunista e colaborador em jornais como Zero Hora, Folha da Manhã, O Estado de São Paulo. No entanto, Caio Fernando Abreu, que era um homem cosmopolita - apesar de ter nascido na região de fronteira do Rio Grande do Sul - também era um estranho-estrangeiro, sempre em viagens por São Paulo e pela Europa. O fato é que o trânsito de locais trouxe aos textos de Caio a percepção de que os acontecimentos registrados podem se passar em qualquer parte do mundo. E mesmo quando se encontrava distante, morando em outros países, seus olhos atentos e amorosos (e sempre críticos) nunca perderam de vista o Brasil e seu lugar de origem.

Coolaboração: Afani Baruffi

terça-feira, 6 de novembro de 2012

FALANDO DE AMOR...


O 'Escritor da Paixão' (como o definiu Lygia Fagundes Telles) que descrevia com maestria o amor, o sofrer, a solidão, a saudade, e o viver de amar.

Seguem alguns trechos do espetáculo..."O Homem que acreditava"

..."Senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Descobri que não ter nada pode ser bem bonito."...




..."o maior amor nem sempre é aquele que você sai por aí, escancarando pra todo mundo. Porque a gente sente, sabe-se lá porque vergonha, um certo medo de revelar o verdadeiro amor. Que ao invés de parecer primavera, parece um crime."



"Mas quem tem coragem? Quem tem coragem de confessar suas vulnerabilidades? Quem tem coragem de cair de amor? Fall in love! Quem?
Quem vai se entregar ao desassossego? Amor, medo, ausência, buraco no peito?"



... "Com a cabeça encostada na janela do ônibus, me imagino deitando a cabeça no seu colo, ou você deitando a sua no meu e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós, no umbigo do universo, nem percebemos. Você toca na minha mão, eu toco na sua.
(...)
- Suspiro tanto quando penso em você. E me imagino andando pela rua, quando desço do ônibus e encontro com você na próxima esquina. Penso tanto em você que na hora de dormir vezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito, repito em voz baixa: te amo tanto, dorme com os anjos. E aí sou eu quem dorme. Durmo e sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Como se fosse verdade. Um beijo.  Ah! Como te amo!"...

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CAIO FERNANDO ABREU

Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago do Boqueirão 1948 - Porto Alegre 1996). Contista, romancista, dramaturgo, jornalista.

Caio Fernando Abreu - Programete: Escritores Gaúchos (RBS TV)




Caio escreveu compulsivamente, viveu compulsivamente e morreu desejando continuar a escrever. A literatura, para ele, era matéria viva em direção ao conhecimento do mais obscuro sentimento, a revelar a impossível possibilidade de roçar a eternidade. Guardava seus rascunhos, seus cadernos, suas frases seminais: tudo era passível de virar obra viva, a partir de sua satisfação com o resultado buscado. Poucos escritores brasileiros têm, em seu currículo, essa admiração entre seus leitores. Poucos certamente escapam de uma forma esvaziada de pulsação vital.  Sua excruciante sinceridade é o que explica essa identificação, inclusive com gerações posteriores. Fruto de seu tempo, sim, mas com o prazo de validade extremamente esgarçado e sem data de vencimento, a literatura de Caio Fernando Abreu revela o homem que ele foi, o cidadão atento ao seu mundo, imerso nas convulsões comportamentais que sacudiram o mundo em suas décadas de adolescente. Obcecado pela qualidade estética, nunca deixou que sua palavra ficasse estéril. Não tenho dúvida de que, nesses tempos politicamente corretos e cheios de medo e dúvida, a ousadia de sua palavra será farol a iluminar os breus daqueles que acreditam e buscam forças e fé no intento de viver mais plenamente a vida que lhe cabe. Caio, o adolescente ousado, o adulto afiado e sem barreiras, foi o melhor exemplo para o Caio escritor, um desses seres especiais e únicos que marcam, a ferro,fogo e felicidade aqueles que tiveram a felicidade de conhecê-lo ou de carregá-lo nas pastas e mochilas. Cada livro de Caio é uma porta de entrada à epifanias verdadeiras. Se você não o leu na íntegra, não perca a oportunidade de.
Por Luciano Alabarse: diretor de teatro e amigo da vida inteira de Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

UMA HISTÓRIA DE FADAS


Segue a história original que deu nome ao espetáculo: "O HOMEM QUE  ACREDITAVA"



UMA HISTÓRIA DE FADAS

                   Era uma vez o País das Fadas. Ninguém sabia direito onde ficava, e muita gente (a maioria) até duvidava que ficasse em algum lugar. Mesmo quem não duvidava (e eram poucos) também não tinha a menor idéia de como fazer para chegar lá. Mas, entre esses poucos, corria a certeza que, se quisesse mesmo chegar lá, você dava um jeito e acabava chegando. Só uma coisa era fundamental (e dificílima): Acreditar.
                   Era uma vez, também, nesse tempo (que nem tempo antigo, era, não; era tempo de agora, que nem o nosso), um homem que acreditava. Um homem comum, que lia jornais, via TV (e sentia medo, que nem a gente), era despedido, ficava duro (que nem a gente), tentava amar, não dava certo (que nem a gente). Em tudo, o homem era assim que nem a gente. Com aquela diferença enorme: era um homem que acreditava. Nada no bolso ou nas mãos, um dia ele resolveu sair em busca do País das Fadas. E saiu.
                   Aconteceram milhares de coisas que não tem espaço aqui pra contar. Coisas duras, tristes, perigosas, assustadoras, O homem seguia sempre em frente. Meio de saia-justa, porque tinham dito pra ele (uns amigos najas) que mesmo chegando ao País das Fadas elas podiam simplesmente não gostar dele. E continuar invisíveis (o que era o de menos), ou até fazer maldades horríveis com o pobre. Assustado, inseguro, sozinho, cada vez mais faminto e triste, o homem que acreditava continuava caminhando. Chorava às vezes, rezava sempre. Pensava em fadas o tempo todo. E sem ninguém saber, em segredo, cada vez mais: acreditava, acreditava.
                   Um dia, chegou à beira de um rio lamacento e furioso, de nenhuma beleza. Alguma coisa dentro dele disse que do outro lado daquele rio ficava o País das Fadas. Ele acreditou. Procurou inutilmente um barco, não havia: o único jeito era atravessar o rio a nado. Ele não era nenhum atleta (ao contrário), mas atravessou. Chegou à outra margem exausto, mas viu uma estradinha boba e sentiu que era por ali.
Também acreditou. E foi caminhando pela estradinha boba, em direção àquilo em que acreditava.
                   Então parou. Tão cansado estava, sentou numa pedra. E era tão bonito lá que pensou em descansar um pouco, coitado. Sem querer, dormiu. Quando abriu os olhos — quem estava pousada na pedra ao lado dele? Uma fada, é claro. Uma fadinha mínima assim do tamanho de um dedo mindinho, com asinhas  transparentes e tudo a que as fadinhas têm direito. Muito encabulado, ele quis explicar que não tinha trazido quase nada e foi tirando dos bolsos tudo que lhe restava: farelos de pão, restos de papel, moedinhas. Morto de vergonha, colocou aquela miséria ao lado da fadinha.
                   De repente, uma porção de outras fadinhas e fadinhos (eles também existem) despencaram de todos os lados sobre os pobres presentes do homem que acreditava. Espantado, ele percebeu que todos estavam gostando muito: riam sem parar, jogavam farelos uns nos outros, rolavam as moedinhas, na maior zona. Ao toquezinho deles, tudo virava ouro. Depois de brincarem um tempão, falaram pra ele que tinham adorado os presentes. E, em troca, iam ensinar um caminho de volta bem fácil. Que podia voltar quando quisesse por aquele caminho de volta (que era também de ida) fácil, seguro, rápido. Além do mais, podia trazer junto outra pessoa: teriam muito prazer em receber alguém de que o homem que acreditava gostasse.
                   Era comum, que nem a gente. A única diferença é que ele era um Homem Que Acreditava.
                   De repente, o homem estava num barco que deslizava sob colunas enormes, esculpidas em pedras. Lindas colunas cheias de formas sobre o rio manso como um tapete mágico onde ia o barquinho no qual ele estava. Algumas fadinhas esvoaçavam em volta, brincando. Era tudo tão gostoso que ele dormiu. E acordou no mesmo lugar (o seu quarto) de onde tinha saído um dia. Era de manhã bem cedo. O homem que acreditava abriu todas as janelas para o dia azul brilhante. Respirou fundo, sorriu. Ficou pensando em quem poderia convidar para ir com ele ao País das Fadas. Alguém de que gostasse muito e também acreditasse. Sorriu ainda mais quando, sem esforço, lembrou de uma porção de gente. Esse convite agora está sempre nos olhos dele: quem acredita sabe encontrar. Não garanto que foi feliz para sempre, mas o sorriso dele era lindo quando pensou todas essas coisas — ah, disso eu não tenho a menor dúvida. E você?

Caio Fernando Abreu
O Estado de S. Paulo, 30/11/1988


terça-feira, 9 de outubro de 2012

CAFÉ COM CAIO

O projeto propõe uma temporada de apresentações do espetáculo "O homem que acreditava" na cidade de Passo Fundo. Com adaptação de texto e direção de Edson Bueno (premiadíssimo diretor Paranaense), atuação de Marcio Meneghell e realização do Núcleo Rindo a Toa, esta proposta resgata a obra o autor gaúcho Caio Fernando Abreu, instigando o gosto pelo teatro e interesse pela leitura, realizado num espaço alternativo regado a um bom café e assim proporcionando um clima intimista entre expectador e ator. “Café com Caio“ surge com o objetivo de promover um encontro diferenciado, climatizado em um ambiente recheado do que o autor mais gostava: O universo literário e musical que fizeram parte da sua formação, obra e historia de vida. Cenário composto por adereços e elementos que levam o publico numa viajem do nostálgico ao contemporâneo, da magia a realidade. Voltado ao público adolescente e adulto esse espetáculo vem para “mexer“ e nos levar a uma reflexão sobre coisas importantes que deixamos pra trás em nosso cotidiano, assim como a possibilidade de desfrutar do exercício do ator, único responsável por manter a arte viva dentro do palco.